Lightlark (Lightlark, #1)(69)



Isla xingou e tentou novamente. Esfor?ou-se para se lembrar da curva de árvores, ou o número de passos que havia contado horas antes enquanto dava seu melhor para esconder seus sentimentos perto de Grim. Ele n?o podia saber que o tempo todo em que respondia suas perguntas, ela estava pensando sobre o que tinha visto no Palácio de Espelhos, e quando ela conseguiria retornar. Sozinha.

Ela apertou os olhos na escurid?o, ent?o se inclinou para que seus dedos pudessem trilhar o caminho, esperando as flores silvestres come?arem a cobrir a pedra, marcando o lugar que ela precisava seguir. Se tivesse os poderes de um Selvagem, ela poderia simplesmente chamar a floresta e ouvir sua resposta. Seguir sua música até o palácio.

Mas ela n?o tinha. Ent?o, continuou trope?ando cegamente pela noite.

Finalmente, a grama ro?ou seus dedos, uma segunda trilha continuando desde a primeira. Ela a seguiu até a floresta e hesitou. A lua estava trancada fora da floresta, bloqueada quase completamente pelas árvores. Ela teria que tatear o caminho até lá. E torcer que a floresta estivesse satisfeita com a quantidade de sangue que ela já havia derramado.

Isla abaixou a cabe?a, imaginando se deveria voltar pela manh?. Se perguntava mesmo enquanto continuava pela floresta, espinhos arranhando seus tornozelos. Mesmo quando trope?ou em uma videira e caiu de quatro.

N?o, ninguém poderia saber sobre sua jornada da meia-noite para o palácio Selvagem.

Nem mesmo Grim.

No momento em que trope?ou na Ilha Selvagem, seu cabelo estava embara?ado fora da tran?a, e ela sentiu a dor aguda dos cortes em suas palmas, mas até isso se acalmou quando olhou para o prédio à sua frente.

à noite, o Palácio de Espelhos refletia apenas a escurid?o. Suas roupas marrom-claras cortaram-no como uma lamina. Ela se via surgir das sombras da mata como um espectro.

Lá dentro, o luar caiu sobre ela mais uma vez. Os andares acima gemeram, como se despertassem de um sono. Paredes de madeira rangeram em algum lugar. Ruídos normais de palácios antigos, Isla disse a si mesma. Algo estalou contra o vidro acima. Apenas um galho caído. Ainda assim, ela rapidamente percorreu seu caminho pelos corredores e quartos, parando apenas na parede dos fundos.

Ela havia visto, no início do dia, com Grim. E sabia que tinha que voltar.

Isla reconheceu a espiral na parede como uma porta. Era do mesmo formato daquela oculta em seus aposentos, sob um painel quebrado no armário. O mesmo lugar em que ela havia encontrado a varinha estelar, escondida entre as coisas de sua m?e.

Se os Selvagens tinham uma porta secreta, o que quer que estivesse dentro devia ser importante o suficiente para ser escondido. E ainda devia estar intacto, ao contrário do resto do palácio.

Ela sentia que o que estivesse ali dentro poderia ajudá-la, que aquele lugar guardava algo de que ela precisava.

Isla tinha que entrar.

Ela empurrou a porta espiral com todas as for?as, esperando que se abrisse com o esfor?o necessário, assim como a de seu quarto.

Mas ela n?o cedeu.

Isla estudou a parede e localizou uma lacuna. Um espa?o para uma chave. N?o… era muito longo para uma chave. A menos que fosse uma bem grande.

Ela procurou algo que combinasse com o design intrincado, um padr?o estranho como uma cordilheira em miniatura. Um casti?al pequeno parecia ter mais ou menos o tamanho certo. Ela tentou encaixá-lo no buraco, mas n?o entrou. N?o passou nem perto. Tentou obter algumas vinhas e moldar algo similar, mas quando girou como se fosse uma chave as vinhas quebraram.

Ela trincou os dentes. Se havia uma maneira de abrir a porta, tinha que estar em algum lugar ali dentro.

Isla subiu uma escada em caracol coberta de folhas mortas que estalaram como uma sinfonia sob seus pés. Vagou por corredor após corredor, sala após sala, feixes de luar como seu único guia. Minutos mais tarde, tinha nos bra?os uma por??o de objetos que poderiam caber no buraco. Um velho pente abandonado. Uma ta?a de champanhe fina. Um vaso solitário, para uma única flor. Uma harpa em miniatura.

Ela colocou objeto após objeto lá dentro, tentando usá-los como chaves, até a aurora espreitar através do palácio, banhando a entrada de vidro de violeta, mas nenhum deles funcionou.

A porta permaneceu fechada.





CAPíTULO VINTE E NOVE


O MOSTEIRO





Isla estava mais convencida do que nunca de que o cofre dos Selvagens guardava algo que ela poderia usar para encontrar o desvinculador. Ou ajudá-la de alguma outra maneira decisiva.

E se havia alguém na ilha que saberia o segredo para abrir aquela porta, era Juniper.

Ela entrou no bar no dia seguinte. Estava vazio, exceto por um homem sentado no canto de trás, chapéu sobre o rosto, como se estivesse cochilando, esperando a turma mais animada da noite.

— Minha Selvagem favorita — Juniper disse atrás do balc?o. Ele torceu as m?os. — A que devo o prazer?

Isla precisava fazer isso rápido. Com sorte, ninguém a tinha visto entrar no pub, e ela queria que permanecesse assim.

— Nobres Lunares tentaram me assassinar.

Pronto. Esse era o segredo dela.

A cabe?a de Juniper pulou para trás, como se essa notícia surpreendesse até ele.

— Que informa??o você procura?

Ela se inclinou para mais perto.

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